a decisao

depois de brigas, acertos, pensamentos, devaneios, discussoes, dia 3 de abril o Fabri pegou o avião para começar a trabalhar. Quatro meses depois fui eu a pegar o avião, para ir viver com ele no circo. Apesar de todos os medos e caras a encarar, fui também. Dizer para meus pais que estava partindo outra vez, doeu muito. Dizer para meus amigos, nossa... Deixar a escola onde havia começado a trabalhar, e que adorava, foi complicado.

Acho que foi a decisão mais difícil da minha vida. Porque envolvia muita coisa. Eu corria muito mais risco que ele, porque se as coisas nao rolassem legal, ele seguiria com o trabalho dele, ou seja, não teria deixado de investir em algo dele. E para mim, se as coisas não saíssem bem, teria que começar outra vez, do zero. E isso me dava medo, mas tinha que encarar. Porque o que levava em conta aqui é que estava abrindo mão de um lado da minha vida (meu trabalho), para cuidar de outro: minha família. E todos que me conhecem sabem que sou TOTAL família.

Essa decisao veio de muita conversa com amigos, com meus pais, de alguns encontros psicanáliticos psicodélicos (ótimo porque já havia feito 4 anos de análise com ela, e foi só um reforcinho :) e claro, muito, muito, mas muito tempo pensando sozinha e fazendo levantamentos que só eu, comigo mesma, poderia fazer.

Venga! O Id estava festa! Solto do baile, dançava rock adoidado, enquanto fabi´s ego estava sentado, olhando aquela quebradeira que rock e querendo dançar! O super ego, por sua vez, encheu meu saco até nao poder mais, dizendo que era hora de baixar a música para nao encomodar os outros.

Resultado, o Id se atirou, o Ego começou a dançar com um pézinho e o super ego olhou pra mim, na entrada do avião e disse: te liga!!
Te liga tu, que me encheu o saco a vida inteira! disse Fabi para seu Super-ego. Está tudo bem pensado, não quero massacre final!

Montreal, aqui vamos nós!

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